Foto: Divulgação
Na última sexta-feira, integrantes do laboratório de Geomática se reuniram para começar a desenhar o aplicativo
Entre as frentes de trabalho criadas para dar conta do surto de toxoplasmose em Santa Maria, mais uma surge com a proposta de usar a tecnologia para mapear os casos na cidade. Na sexta-feira, a equipe do Laboratório de Geomática, ligado ao Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). se propôs a ajudar a equipe da Vigilância de Saúde do município criando um aplicativo.
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A ideia ainda está sendo construída, mas o objetivo é colaborar com a coleta de dados, identificando os casos, mapeando onde as pessoas que contraíram a doença circulam e o que ingerem. De acordo com o coordenador do laboratório, professor Enio Giotto a ideia é facilitar o trabalho da equipe:
- Uma equipe técnica da Vigilância em Saúde já esteve aqui conversando com a gente. Nesta semana, eles vão nos passar maiores detalhes. A ideia do aplicativo é agilizar o processo de investigação, é facilitar o diagnóstico, fazer o mapeamento das pessoas que foram notificadas. Não terá a identificação da pessoa, mas sim informações sobre o caso que a envolve - explica Enio que é engenheiro florestal.
OUTRAS FRENTES DA FORÇA-TAREFA DO SURTO
Outras três frentes de trabalho estão investigando a origem do surto na tentativa de confirmar a forma como as pessoas contraem a doença:
Coletas de água
- As vigilâncias de Saúde do Estado e do município, com o apoio da Corsan coletaram água na Estação de Tratamento da Corsan (ETA) na Vila Vitória. As amostras serão enviadas para um laboratório credenciado ao Ministério da Saúde especializado em análise de água que fica na universidade de Londrina (PR). O laboratório vai analisar detalhadamente o toxoplasma e os tipos de toxoplasma que podem existir na água de Santa Maria
- A UFSM e a Corsan - Por meio do Laboratório de Parasitologia Veterinária com Água, serão analisadas amostras da água da Corsan que podem detetar se há presença ou não do protozoário. Aqui, na UFSM, não é possível determinar o tipo de protozoário, apenas se ele está presente na amostra. Na semana passada, o laboratório coletou água em oito residências de Santa Maria que apontaram negativo para a presença de protozoário.
Mapeamento de casos
- UFSM e equipe das Vigilâncias e Saúde - Criação de um aplicativo pelo Laboratório de Geomática da UFSM para auxiliar na coleta de dados, identificando os casos, mapeando onde as pessoas que adquiriram a doença moram e o que ingeriram. A ideia do aplicativo é agilizar o processo de investigação, é facilitar o diagnóstico, fazer o mapeamento das pessoas que foram notificadas.
- Além deste mapeamento oficial, os médicos infectologistas vêm fazendo um mapeamento extraoficial dos casos que atendem em seus consultórios e são notificados. O primeiro resultado aponta que a Região Oeste da cidade concentra o maior número de casos.